Férias de
verão e folga em janeiro!? Não!
Enquanto o
Sol raiava lá fora, cá estava eu fazendo Curso de Capacitação Estratégica de
Aprendizagens Ativas, compartilhando conhecimentos e discutindo a educação no
século XXI, com um olhar especial sobre a docência em tempos de pandemia.
Discutimos
temas como transformação e inovação; criatividade na construção de aulas
remotas; geração Z: entre a onipotência e a fragilidade; o risco de uma
educação excessivamente planejada; o uso da tecnologia intermediando o processo
pedagógico; entre tantos outros.
A paixão
pela docência me mantém permanentemente alerta e com olhar crítico sobre o
sistema educacional e os projetos pedagógicos. Tenho visto — tanto como mãe de
um adolescente de ensino médio quanto professora de jovens universitários e
adultos profissionais, em cursos de graduação e pós-graduação — a angústia do
tempo que não volta, de experiências “roubadas”, da falta do convívio no espaço
acadêmico, da saudade do encontro social, do olho no olho; mas vejo também o
ganho de se fazer um curso em São Paulo, estando no Ceará. A tecnologia nos
permite o ensino mediado por uma tela de computador ou de celular, o que
paradoxalmente “aproxima” pessoas [quando elas abrem as câmeras, claro!] e
possibilita experiências com didáticas em processos pedagógicos nunca dantes
imaginados.
Mas não é
fácil, não!
Parafraseando
o poeta Vinicius de Moraes, em “Samba da benção”, ninguém vai dizer que é, “sem
provar muito bem provado, com certidão passada em cartório do céu, e assinado
embaixo: Deus”.
Professores,
alunos, coordenadores tiveram de encarar um cenário desafiador de educação
remota, tendo de se adaptar e perceber que levar a educação para dentro da casa
do discente não é apenas transpor a aula presencial para a plataforma digital.
Os desafios são muitos, diários. Por isso gosto de conjugar o verbo
“esperançar”, que aprendi com o mestre Paulo Freire.
Vamos
“tocando em frente”, como escreveu Almir Sater em sua linda canção, buscando a
construção do melhor possível.